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O Tiro e o Ambiente Corporativo.

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“Foi uma competição classificada como de nível IV, que é o grau máximo de exigência para um atirador, onde todos os fundamentos são colocados à prova. Participaram 151 atiradores de diversos países, mas nós conseguimos trazer medalhas para casa”, conta Lamartine.

Na classificação geral, a equipe brasileira na categoria Open conquistou o vicecampeonato. No Warm-Up, que é o aquecimento da competição, realizado ainda em seus países, a equipe brasileira conquistou o primeiro lugar, tendo como primeiro, segundo, quinto e oitavo lugares os atiradores Marcos Gomes, Lamartine Souza, Ricardo Gozzoli e Alexandre Wild, respectivamente. Para que tudo isso fosse possível, Lamartine se preparou durante um ano.

“Além da preparação física teve ainda a parte burocrática para viabilizar a participação neste Pan Americano”, comenta.

Agora, a equipe brasileira se empenhará para efetivar a participação e conquistar novos pódios nos próximos dois importantes campeonatos: o Europeu e o Nacional da Alemanha, em 2011. Em 2012 o desafio será no Mundial da Hungria.

O tiro e o ambiente corporativo

Lamartine trabalha na companhia há 15 anos. Hoje ele é analista Fiscal e descreve abaixo as principais interfaces da prática do Tiro com o ambiente corporativo.

Planejamento estratégico:

Para a participação deste “Pan”, levamos praticamente um ano planejando quais passos deveríamos efetuar para um evento de quatro dias. Um ano passou rapidamente e acredito que fizemos tudo de forma tranqüila, obtendo todas as autorizações necessárias em tempo hábil e sem comprometer o equilíbrio emocional, pois se tratava de uma importante competição. A análise dos fatores que pudessem atrapalhar ou impedir foram importantíssimos, pois qualquer decisão equivocada poderia fazer com que a performance não fosse a esperada.

Paixão pelo que faz:

Esta é a maior motivação, pois adotamos este esporte e o praticamos de forma extremamente prazerosa. Não nos cobramos o tempo todo e isso fez com que o resultado aparecesse naturalmente. Além disso, a estabilidade emocional foi fator importantíssimo, afinal, sem paixão não se alcança os objetivos, eles tornam-se inatingíveis se não forem buscados com muita energia.

Atitude:

Como na vida, a atitude é a força motriz. Aliada à determinação e também à ajuda de muitas pessoas, conseguimos alcançar nosso objetivo de participar de um campeonato internacional, representando o Brasil. Pudemos trocar experiências e observar, observar muito a organização, os equipamentos, a postura das pessoas, a forma como as regras são obedecidas. Uma possível classificação seria decorrência da sinergia dos atiradores da equipe e tudo isso foi conquistado aos poucos, dia a dia, com o apoio de muitos.

Perspectiva:

Sabíamos claramente que atirar nos USA, ainda mais contra os anfitriões, seria uma tarefa árdua. Os atiradores que estavam inscritos eram os melhores. Eles são profissionais, fazem só isso e são bem remunerados. Sabíamos também que haviam outros times de peso, mas não conseguíamos mensurar o quanto estávamos atirando em relação aos demais porque cada país tem seus próprios campeonatos e não havíamos participado de nenhum deles. A única alternativa era tentar encontrar na internet algum vídeo que mostrasse algum deles atirando, desta forma teríamos uma noção da velocidade. Levando em consideração que era um Campeonato Pan Americano, tínhamos claramente em nossas mentes que seríamos classificados entre quinto e sétimo lugares.

Talento:

Todos tinham talento para estar ali, e de sobra, afinal são atiradores com experiência e com força de vontade. À nossa equipe faltava a participação internacional, por isso foi uma experiência fantástica. Aprendemos muito em todos os sentidos e vamos melhorar ainda mais o nosso tiro no Brasil. Além disso, fomos reconhecidos pela organização da prova pelo elevado espírito de equipe e alegria contagiante.

Perseverança:

O Tiro tem um cenário desfavorável no Brasil, pois ainda não há apoio para o esporte e causa estranheza das pessoas, já que muitas relacionam a arma à violência, o que é, no mínimo, falta de informação. No entanto ele é um esporte como outro qualquer, necessita disciplina, concentração, força de vontade e de uma prestação de contas ininterruptas para as autoridades, comprovando que se é um cidadão de bem para poder adquirir um equipamento importado (pois é a melhor opção).

Senso de alerta:

Estar alerta é um dos principais pontos para quem atira, a segurança é sempre considerada de nível máximo. A grande preocupação é manter o atirador e os expectadores em total segurança – este esporte nunca teve um incidente de tiro. Toda vez que um atirador está “resolvendo” uma pista, há um Range Officer (RO) junto garantindo que o cano da arma não quebre o ângulo de segurança. Caso isso ocorra, o atirador é desqualificado (DQ) e volta para casa no mesmo instante. Durante a prova, no momento que o bip do timer é acionado – o que autoriza o atirador a iniciar a pista-, uma dose de adrenalina inunda as veias. E, a partir desse momento, em questões de segundos, o atirador pode se deparar com inúmeras situações, inclusive panes de equipamento, as quais tem que estar completamente atento para os mínimos detalhes e concluir a pista no menor tempo possível.

Visão sistêmica:

A equipe Open, que participou deste Campeonato, é a que vem ao longo dos últimos cinco anos se revezando entre os melhores atletas brasileiros. Nós, de Campinas, nos especializamos e nos tornamos referência no Brasil na modalidade Shotgun. Treinamos sempre juntos e competimos nos campeonatos Brasileiros e Estaduais sempre um contra o outro, mas, neste caso, o grande desafio era a sinergia. Estávamos ali representando um país, competindo como um time, fazendo com que a sinergia trabalhasse em nosso favor, todos tinham que fazer a sua parte e, desta forma, o time se destacou.

Diversidade:

Este tipo de prova nos atraiu entre vários fatores pelo fato de ser uma competição onde as pistas foram criadas dentro de florestas. Os alvos eram praticamente “camuflados” pela vegetação e as árvores e rochas cuidavam de criar uma dificuldade natural, fazendo com que a localização dos alvos durante as pistas criassem um fator de dificuldade adicional a todos os atiradores. Além das pistas, outro fator muito importante foi o da munição. Não temos no Brasil um mercado concorrencial, pois temos uma única indústria nacional. Lá tínhamos disponíveis seis grandes marcas com uma variedade enorme de tipos de munição, fato com que nos fez testar e analisar a melhor opção em apenas dois dias, já que não tínhamos as autorizações para realizar as análises no Brasil. Sem dúvida este foi o maior aprendizado desta competição.

Inovação:

Como em todo tipo de esporte há uma evolução muito significativa nos últimos anos e, com o Tiro, isto não foi diferente. Os equipamentos e seus acessórios são os que mais evoluíram. Há no mercado, principalmente no exterior, uma significativa variedade de produtos para quem quer se tornar um atleta desta modalidade, o fator crucial, é o orçamento disponível.

 

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