Confira o bate-papo da CBTP com o medalhista Lucimar Domingues e saiba um pouquinho mais sobre esse atleta.

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CBTP: Fale um pouco sobre o início da sua carreira no Tiro Prático.

Lucimar: Em 1996, tive a oportunidade de conhecer e assistir a uma competição de IPSC, em Brasília/DF, quando foi realizado o Campeonato Mundial de IPSC, no Brasil. Até então, não conhecia essa modalidade esportiva. Achei muito interessante, e, em dezembro do mesmo ano, participei pela primeira vez, da Olímpiada dos Policiais Federais, na modalidade de Tiro Prático, em Porto Alegre/RS. Por ser policial, vi no IPSC a oportunidade de utilizar a arma de fogo com mais técnica e assim, poder exercer a profissão com um pouco mais de segurança.

CBTP: Como foi sua preparação para participar do Mundial?

Lucimar: Dentro das minhas possibilidades procurei ao longo dos últimos três anos me preparar técnica e fisicamente para o XVIII Campeonato Mundial de IPSC. 

CBTP: CBTP: O World Shoot Handgun foi o seu 1º Mundial? Qual foi sua maior dificuldade em disputar um mundial?

Lucimar: O Campeonato Mundial da França, deste ano, foi a minha sexta participação nesse evento maior do Tiro Prático, que é o Mundial. Fui vice-campeão individual, na Indonésia, em 2008 e campeão individual no mundial em 2011, na Grécia.

A maior dificuldade em todos os seis Mundiais que participei sempre foi a falta de preparação adequada por não ter patrocínio integral. 

O grande obstáculo, nesses Mundiais que participei, sempre foi com a questão da pólvora. Os atiradores de outros países utilizam esse insumo da melhor qualidade (fazendo com que suas armas fiquem bastante estabilizadas nas mãos, durante os disparos). Enquanto que a arma dos brasileiros, em especial, da Standard, tem um grande recuo, portanto, fica difícil administrar o “tranco” (solavanco) o que prejudica o atleta do Brasil.

Os atiradores brasileiros, em especial os da Divisão Standard, têm uma grande dificuldade para administrar o forte recuo de suas armas durante os tiros, em consequência da pólvora, de baixa qualidade. Neste Mundial da França, essa questão ficou muito nítida e clara. Inclusive, os próprios concorrentes de outros países que estavam no mesmo Squad dos brasileiros, disputando por equipe, na Standard Sênior, nos indagaram acerca da qualidade da pólvora utilizada pelos competidores brasileiros, tendo em vista que o recuo das armas da equipe do Brasil era muito forte.

Ao final do último dia de disputa neste Mundial da França, que aconteceu no dia 02 de setembro, os atletas Edgar Marcelo, Nilton Fior e eu, levamos essa questão da pólvora ao conhecimento do presidente da CBTP, Sr. Demetrius Oliveira. Naquela oportunidade, informamos a ele que, caso não consigamos adquirir pólvora de qualidade, para os próximos eventos nacionais e internacionais, poderemos mudar de esporte porque não teremos como disputar em igualdade de condições com atletas de outros países que utilizam esse insumo (pólvora) de boa reputação.

CBTP: Em algum momento, você achou que seria um dos medalhistas? O que sentiu durante a premiação?

Lucimar: Sim, esperava ser um medalhista, sim !! Fui Campeão Mundial em 2011, na Grécia. Meu objetivo era ser bicampeão Mundial de IPSC, sendo campeão na categoria Standard Super Sênior, na França. Entretanto, perdi o título por 1,05% (uma vírgula zero cinco por cento). Certamente, caso tivesse utilizado uma pólvora de qualidade, o resultado poderia ter sido outro, a meu favor. 

Durante a premiação, fiquei contente com o título de Vice-Campeão Mundial, entretanto, um pouco desapontado, pois, poderia ter tido um melhor desempenho, caso tivesse tido a oportunidade de utilizar um insumo de boa qualidade.

CBTP: Qual a sua expectativa no Tiro Prático a partir de agora?

Lucimar: A minha expectativa no Tiro Prático a partir de agora é de que as autoridades fiquem sensibilizadas com essa questão que citei e que os atletas de Tiro Prático do Brasil tenham acesso a esse importante insumo, chamado pólvora de qualidade.

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